Conta-se que um cidadão dos anos 20 recebeu uma
convocação de um juiz de uma cidade vizinha, que ficava a cerca de 50 km do
lugar onde ele residia. O cidadão ficou surpreso, e ao abrir a convocação ficou
ainda mais admirado. Dizia que deveria comparecer o mais urgente ao fórum
daquela comarca, pois havia ali um assunto que grande interesse para ser
tratado com ele.
Na manhã seguinte o cidadão selou o seu cavalo e
seguiu viagem para a cidade vizinha. Lá chegando, foi direto ao Fórum. Teve de
esperar um pouco, poiso juiz estava ocupado. Depois de cerca de 1 hora, foi
convidado a entrar na sala do juiz. O juiz então lhe informou que recentemente
falecera uma pessoa que não tinha ali nenhum parente e que no testamento
mencionava um sobrinho, ao qual deveriam pertencer todos os seus bens. O juiz
manda chamar o seu assistente para que abra o cofre. Retira de lá uma sacola
com um grande volume dentro dela. O juiz abre a sacola e revela seu conteúdo:
muitas jóias, colares, anéis, pérolas e ouro. Era um verdadeiro tesouro. Tudo
isso deveria pertencer agora ao cidadão. O beneficiário ficou sem palavras.
Todo aquele tesouro era seu? Inacreditável. Assinou os papéis atestando Ter
recebido a herança e despediu-se agradecido do juiz. O juiz, no entanto, lhe
disse que havia mais uma coisa az ser entregue. O que?, pensou o herdeiro. Mais
ainda? , foi quando o assistente do juiz entrou na sala com um pequeno cachorrinho.
Também o cachorrinho era parte da herança!
O herdeiro não gostou nada do cachorrinho, aliás,
nunca gostara de cachorrinhos. Por isso, disse ao juiz que agradecia muito, mas
não queria levar o cachorrinho. Que o cachorrinho poderia ser dado a qualquer
outra pessoa. O juiz lhe advertiu que a vontade do falecido era de que sem
levar o cachorrinho teria que devolver também as jóias. Bem, nesse caso, não
havia outro jeito. À contragosto puxou o pequeno animal pela cordinha presa a
coleira. Chegando no pátio do Fórum, amarrou a sacola cheia de jóias na sela e
montou no cavalo.
O cachorrinho vinha caminhando, preso pela cordinha. E,
cada vez que o homem olhava para o cachorrinho via algum defeito nele. Deveria
ser pulguento, quem sabe tem sarna, vermes, vai deixar pêlos por toda a casa, e
a raiva, será que não está raivoso? Foi quando o cachorrinho parou e começou a
latir desesperadamente. O cidadão puxava-o pela cordinha, arrastando as patinhas
do animalzinho. E o cachorrinho continuava latindo. Isso irritou muito aquele homem
que soltou a cordinha, desceu do cavalo ajuntou umas pedras e as lançou no
cachorrinho. Uma dela acertou o animalzinho que machucado fugiu mata adentro. Bem,
disse o cidadão, pelo menos me livrei desse animal. Se alguém perguntar, vou dizer
que fugiu. Assim, foi a galope para sua casa.
Chegando em casa a família já o avistou de longe. A mulher
e as crianças correram ao seu encontro para saber as novidades. O homem então
contou da herança, da sacola cheia de jóias e do cachorrinho. Contou também que
a certa altura do caminho o cachorrinho começou a latir desesperadamente e que
ele irritado jogou pedras no animal de forma que ele fugiu pelo meio do mato. A
mulher então lhe perguntou pelo saco de jóias. O homem disse que estava amarado
na sela. Onde? perguntou a mulher. Aqui, disse o homem e se virou para a sela,
mas não viu a sacola. Ele a tinha perdido na estrada.
Foi aí que a filhinha lhe disse: - Pai, vai ver que
foi por isso que o cachorrinho latia desesperado no caminho. Ele queria lhe
avisar que a sacola havia caído, mas o senhor irritado não entendeu.
(autor desconhecido)
Reflita comigo: Assim Deus é conosco! Ele nos ajuda,
nos avisa de várias formas. Porém, os nossos pensamentos, às vezes, estão tão
distantes que não percebemos e não ouvimos os seus conselhos. Nos irritamos com
facilidade. E, com isso, só temos a perder! Que Deus nos dê discernimento para compreendermos e aproveitarmos melhor o nosso dia a dia. Amém.
Com carinho, Pastor Leandro Eicholz